#comolidar 78
0quarta-feira, 18 de outubro de 2017 by Unknown
Eu
não me lembro da minha vida antes dos garotos. Talvez seja porque desde muito
cedo eu goste de garotos. Na verdade, desde que comecei essa empreitada que é
gosta de alguém, nunca parei. Nunca tive um momento só meu, um momento em que
meu coração não se assanhasse por alguém. Me pergunto se isso é normal ou se
isso indica algum sério transtorno e agora sei que preciso comentar isso na
próxima sessão de terapia.
Gostei
de muitos garotos e tive algumas pequenas paixões, pelo menos era o que eu
acreditava até um ano atrás. É incrível perceber o quanto uma simples trocar de
olhares, sorrisos e abraços sinceros pode mudar as nossas vidas. Há um ano, eu
descobri que nunca tinha me apaixonado e muito menos amado alguém.
Me
entreguei de corpo e alma, entrei de cabeça - insira aqui qualquer outra frase
que diga que eu deixei meu coração tomar as rédeas da minha vida e me guiar por
um caminho desconhecido. Tudo era novo: a ansiedade, o carinho, o jeito de
olhar, andar de mãos dadas e realmente querer andar de mãos dadas, o beijo que
traduzia de um jeito único tudo aquilo que a gente estava sentindo e tantas
outras coisas. Pela primeira vez na vida eu me senti especial, amada, admirada
e protegida. De uma forma inexplicável eu sabia que estava segura e que aqueles
braços estavam ali para mim.
Dividimos
momentos tão lindos, alegres, emocionantes e especiais. Senti que pela primeira
vez disse "eu te amo" de verdade e que "meu amor" não era
só um vocativo espontâneo, era verdade. É assustador ver os extremos e todas as
escalas de cinza em que passei. É o fim? Sinceramente não sei. Talvez, sim.
Talvez, não. Uma coisa eu sempre soube e disse a mim mesma: “por mais
“obcecada” eu esteja, isso vai passar”.
Adeus, meu amor.
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